domingo, 26 de julho de 2009

Mais um dia...

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Há uma linha tênue que me separa do lado de lá.
Observo uma vela que se queima, e imagino que seja eu... o fogo é sedutor, é intenso, é forte. Mas, aos poucos a cera vai escorrendo, derretendo, e o fogo se apaga.
Se a vela cair, o fogo se apaga...
um vento forte, e o fogo se apaga...
se alguém assoprar... puff!
Tão simples deixar de ser... tão ínfimo o poder do ser humano diante da vida... diante de Deus. E diante de si próprio, muitas vezes seu maior inimigo.
Quando me enfrento, corpo a corpo, sinto meus pés no limite... passar ao outro lado é uma questão milimétrica. Eu sou minha própria sina, meu próprio algoz, minha sentença.
Desequilibro, titubeio...vou e volto. Meu corpo se lança em direção ao que seria o fim ou quem sabe, o começo. Mas eu recuo... medo? insegurança? Falta tão pouco... e meus pés me traem.

Sou uma suicida inconfessa? Um ser covarde em busca de justificativas para encerrar minha conta neste mundo? Ou talvez, um ser inquieto o suficiente para não se contentar com suposições sobre "o que há no final do túnel"?
Não quero desvendar a morte... tampouco desafiar a vida... quero DECIDIR, apenas isso... uma vez ao menos.

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